O voo TAM 3054 (ICAO: TAM 3054) foi uma rota comercial doméstica, operada pela TAM Linhas Aéreas (atual LATAM Airlines Brasil), utilizando um Airbus A320-233, partindo do Aeroporto Internacional de Porto Alegre com destino ao Aeroporto de Congonhas. Em 17 de julho de 2007, ao tentar pousar na pista 35L em São Paulo, a aeronave não conseguiu frear, ultrapassou os limites da pista, atravessou a avenida Washington Luís e colidiu com o prédio da TAM Express e com um posto de gasolina da Shell. Todos os 187 passageiros e tripulantes a bordo do A320 e mais doze pessoas em solo morreram. É o acidente aéreo com mais mortes na história da aviação brasileira, ultrapassando o voo Gol 1907 e também o mais mortífero envolvendo uma aeronave da família A320 até então, sendo ultrapassado em outubro de 2015 pelo voo Metrojet 9268, com 221 mortes.
O acidente, investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão filiado à Força Aérea Brasileira, teve seu relatório final divulgado em setembro de 2009, apontando como causas principais do acidente o erro do piloto, ao configurar irregularmente os manetes, falta da infraestrutura aeroportuária brasileira, faltando groovings (ranhuras) na pista de Congonhas e autonomia excessiva aplicada aos computadores da aeronave.
A canseira de 2007 – com caos aéreo e corrupção que contagiou uma ala jovem da Fiesp, a OAB-SP e personalidades como Hebe Camargo, Ivete Sangalo e Regina Casé. Nizan Guanaes idealizou uma campanha de TV que pedia: "Mostre indignação".
Surgido logo após o acidente com o voo 3054 da TAM, teve, como principais articuladores, o empresário João Dória Júnior, o executivo Paulo Zottolo e o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso. Também emprestaram, prestígio ao movimento, artistas populares - entre as quais, Ivete Sangalo, Hebe Camargo, Ana Maria Braga e Regina Duarte-e algumas entidades de classe e patronais, dentre elas a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, além de sindicatos patronais.
Em 17 de agosto de 2007, o movimento realizou seu maior ato em São Paulo, que reuniu cerca de 5 mil pessoas para protestar contra o "caos aéreo", "a corrupção" e "a falta de segurança". Se anunciando um movimento apartidário, ordeiro e pacífico, o "Cansei" e suas figuras preferiram não se associar com os gritos de "Fora Lula" ao final da manifestação..