Em êxtase por ser tema do enredo da Grande Rio no Carnaval 2017, Ivete Sangalo falou ao colunista Bruno Astuto, da revista Época, sobre a sensação em ser homenageada em uma das datas comemorativas mais badaladas do ano.
— Estou me sentindo uma rainha, a mais chique e poderosa. Estou me achando mesmo. Não sei como vai ser lidar com isso depois dos dias de folia. Na Quarta-Feira de Cinzas, estarei num consultório. Como vou ser enredo da escola no ano que vem, estou querendo tocar um samba deles no Chá da Veveta, sabe? Quero fazer uma onda com isso. E o Rio nunca é compromisso, é farra. Eu adoro.
Além disso, Ivete falou sobre carreira internacional.
— Eu saio do país e tenho meu público em outros lugares, os brasileiros me disseminam por aí. Quando vou à França, é casa lotada na certa. Mas ter uma carreira americana, fazer um disco todo na língua, entrar na lista da Billboard? Não tenho essa pretensão. Não sei qual é o sabor de ser megaconhecida mundialmente. E eu teria de sair do Brasil, rever toda a minha estrutura.
No começo deste mês, um casal gay foi agredido durante um show de Ivete em São Paulo. Na entrevista, a baiana falou sobre o caso e mostrou-se indignada.
— Foi no Centro de Tradições Nordestinas, um lugar onde isso não tem vez. Achei uma atitude covarde e preconceituosa. Foi um grupo isolado e ignorante. O que aconteceu em Orlando também é um retrato disso. Muito triste.
À publicação, a cantora ainda falou sobre a questão do assédio às mulheres.
— Acho que virou uma condição do mundo essa igualdade entre os gêneros. Acredito muito em potencial, independentemente do sexo. Mas o machismo é muito grande. Existe isso nas próprias mulheres, não em mim. A gente tem de se comportar de forma livre. O caso da menina estuprada por vários caras, por exemplo. Ela pode ter proposto de manhã que iria transar com 50 homens, mas no momento em que ela não dá o consentimento, isso tem de parar. Não importa. Isso precisa ser respeitado.
Com informações do Portal R7.